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Tenho pré diabestes, tenho riscos mesmo não sendo diabético?

Sua glicose já apresentou alteração e você se sentiu tranquilo, pensando que não está diabético(a), já que a mudança foi leve?


A glicose em jejum é considerada normal até 99 mg/dl, e a hemoglobina glicada é normal até 5,6%. O diagnóstico de diabetes é feito quando a glicose em jejum atinge ou ultrapassa 126 mg/dl, ou quando a hemoglobina glicada é igual ou superior a 6,5% em duas ocasiões distintas.

Se os níveis de glicose ou hemoglobina glicada estiverem em uma faixa intermediária, entre 100-125 mg/dl ou entre 5,7%-6,4%, estamos diante do que é chamado de pré-diabetes.


Mas por que existem esses pontos de corte se, em ambos os casos, a glicose já está alterada? 

A explicação está no fato de que, quanto maior o nível de glicose no sangue, maior a incidência de complicações, como retinopatia (lesão na retina) e neuropatia (lesão nos nervos). A partir do ponto de corte para o diagnóstico de diabetes, o risco de complicações aumenta consideravelmente, como pode ser visto na figura abaixo.






FPG = glicose de jejum. Hba1c = hemoglobina glicada. A figura mostra aumento da incidência de retinopatia quando os níveis de glicemia estão mais próximos do nível de diabetes.
FPG = glicose de jejum. Hba1c = hemoglobina glicada. A figura mostra aumento da incidência de retinopatia quando os níveis de glicemia estão mais próximos do nível de diabetes.


Isso não significa que as complicações não possam ocorrer em níveis de pré-diabetes. Embora seja menos comum, tanto a retinopatia quanto a neuropatia podem se manifestar mesmo em níveis mais baixos de glicose.



Além disso, o pré-diabetes indica que o corpo não está metabolizando a glicose de forma eficiente, o que normalmente é uma consequência da resistência à insulina. A resistência à insulina está frequentemente associada ao sobrepeso, alterações nos níveis de triglicerídeos, acúmulo de gordura no fígado e hipertensão. Essas condições fazem parte da chamada síndrome metabólica, que dobra o risco de doenças cardiovasculares.



Outro ponto é que, a alteração de glicose sinaliza que o pâncreas já perdeu parte de sua função, isso significa que quanto antes houve mudança de hábitos e perda de peso, mais evitamos a perda de função pancreática, que já ocorre naturalmente com o envelhecimento. Ou seja, mais se atrasa o risco de ficar diabético.

 

Portanto, o pré-diabetes é um alerta de que é necessário investigar outras alterações metabólicas, avaliar o risco cardiovascular, tratar os fatores de risco associados e adotar mudanças de hábitos, além de estratégias e tratamentos para perda de peso. Essas medidas são essenciais para prevenir a progressão para o diabetes, melhorar os fatores de risco cardiovascular e retardar complicações como as doenças cardiovasculares.




 
 
 

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