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Você conhece o hipertireoidismo?

Muito se fala em hipotireoidismo, que é a disfunção hormonal mais comum da tireóide.


Porém, também existe o hipertireoidismo, que é o excesso de função tireoidiana. A principal causa é a Doença de Graves que corresponde a 80% dos casos,  podendo afetar até 3% das mulheres e 0,5% dos homens ao longo de suas vidas. O hipertireoidismo também pode se originar de nódulo (s) na tireóide que podem produzir hormônios de forma excessiva e também de outras condições mais raras.


A Doença de Graves é uma condição a qual o corpo desenvolve um processo auto-imune contra a tireóide, há uma infiltração de células de defesa na tireóide e também produção de anticorpos contra o receptor de TSH na tireóide (TRAB) que estimula a glândula a produzir hormônios de forma excessiva.


A doença ocorre por múltiplos fatores genéticos e ambientais. Sem dúvidas o principal fator de risco modificável é o tabagismo que aumenta em duas vezes o risco da doença e também ao acometimento ocular.


As manifestações clínicas podem ser bócio (aumento do tamanho da tireóide), nervosismo, tremor, suor excessivo, intolerância ao calor, palpitação, fadiga, perda de peso, dispneia, aumento de apetite, aumento da frequência das evacuações, prurido generalizado. Podendo também em alguns casos mais raros levar ao ganho de peso e também sintomas depressivos (hipertireoidismo apático) que é mais comum em idosos.


Apesar de afetar predominantemente a tireóide o processo auto-imune pode afetar também os olhos em 20-50% dos pacientes,  levando a proptose/exoftalmia (olhos saltados), estrabismo, sensação de areia nos olhos, retração da pálpebra, vermelhidão ocular, edema ocular podendo em casos avançados levar a lesões da córnea e cegueira por comprometimento do nervo óptico. Em casos mais raros também pode afetar a pele condição conhecida como mixedema prétibial.


Caso não tratada pode evoluir para arritmias, insufiência cardíaca e trombose.






Na avaliação de exames, o excesso de hormônios tireoidianos no sangue é visto primeiramente pela supressão do TSH (valores abaixo do limite inferior de normalidade) e elevação dos hormônios T3 e T4. A dosagem de TRAB é recomendada e está positivo em mais de 90% dos casos, chegando em mais de 97% dos casos nos ensaios clínicos mais atuais. Em alguns casos podemos pedir ultrassom de tireóide e a cintilografia de tireóide que também avalia o excesso de função tireoidiana e ajuda no diagnóstico.


O tratamento pode ser feito com medicações anti-tireoidianas que bloqueiam a produção hormonal como metimazol (tapazol) ou propiltiouracil, radiodoterapia ou cirurgia. A melhor opção terapêutica depende de cada caso.

 

 

 
 
 

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